Sonhos e desilusões no caminhar

O ser humano é um sonhador inato. Desde a infância fomos ensinados a sonhar. ‘O que você quer ser quando crescer?’ É uma pergunta que ouvimos por diversas vezes quando éramos crianças. Sonhar é extremamente positivo, pois o sonho, neste sentido específico, é a força motriz das realizações e está intrinsecamente ligado aos nossos próprios objetivos de vida. E quando não possuímos mais objetivos na vida ficamos entregues a um verdadeiro estado de estagnação e marasmo. E quando nossos sonhos não se realizam? O que acontece? Não é incomum encontrarmos pessoas frustradas e amarguradas porque aquilo que planejaram para suas vidas não se concretizou.
Na verdade, nestes casos os sonhos se tornam tão fortes que passam a ser a verdadeira razão de viver destes indivíduos, deixando Deus, ao menos como Ele é, de lado; tudo é sonho, ilusão. Não conseguem nem ao menos perceber que “o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Pv. 16:1); se envolvem em um verdadeiro manto de fantasia que ao ser rasgado causa traumas, muitas vezes profundos. Deus não quer que o homem viva desta forma. O homem deve ter uma vida de abundância (Jo. 10:10), com objetivos claros (Fp. 3:14) e fazer a sua parte (Jo. 11:35-41; Gl. 6:7,8), mas deve submeter-se, em primeiro lugar, à vontade do Senhor (Sl. 37:3-5; Mt. 6:33).
Muitos, entretanto, infelizmente se utilizam deste último fato como pretexto para protelar uma vida de trabalho, aperfeiçoamento e louvor a Deus. Enquanto continuarem dizendo ‘Vou orar pra ver se Deus quer que eu assuma esse emprego’ ou ‘Vou orar pra saber se Deus quer que eu exerça esse ministério’ ou ‘Vou orar pra saber se Ele me quer nessa faculdade’, por exemplo, sem nada fazerem efetivamente, cruzando os braços, atrairão maldição sobre as suas vidas (Jr. 48:10). Deus quer, na verdade, que tenhamos atitude, coragem e que façamos tudo com empenho. Precisamos procurar “com zelo, os melhores dons” (I Co. 12:31).
Quando isto não acontece é comum ouvirmos as pessoas dizerem que “estão na prova”, mas o Senhor nos incita ao trabalho em Sua palavra (Pv. 6:6-11). Agir não é “dar uma ajudinha a Deus”, mas fazer o que nos é inerente. É claro que necessitamos da direção de Deus em nossas vidas! E é justamente o Espírito de Deus - e Ele já habita em nós - que nos guiará em toda a verdade e pelo caminho no qual devemos andar (I Co. 3:16; Jo. 16:13a; I Co. 2:14-16; Mc. 13:11). Aquilo que não é da vontade do Senhor nos será revelado ou mesmo se apartará de nós (Sl. 91:10-12). Sabemos que a vida é uma caixinha de surpresas. Não podemos prever, ao menos na esfera natural, o que irá acontecer nem as circunstâncias nas quais estaremos envolvidos ou a que seremos submetidos, mas podemos e devemos estar vigilantes, em constante oração (Mt. 26:41) e aperfeiçoamento (Hb. 6:1), agindo segundo a vontade de Deus, pois só assim seremos VITORIOSOS EM NOME DE JESUS.


Rev. Carlos de Queiroz

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