América afastada de Deus

Americano funda acampamento de verão para mostrar que Deus não existe


Não há coisa melhor para uma criança do que passar uma semana nos famosos acampamentos de verão. Elas deixam os pais em casa, se encontram com outras crianças, fazem novas amizades, brincam, comem, praticam esportes, caminham por trilhas que atravessam matas e córregos, observam a beleza da criação, vêem o sol nascer e se pôr, observam o verde e as flores, a lua e as estrelas. Relacionam tudo isso com a majestade de Deus, cantam hinos, fazem exercícios devocionais, ouvem a leitura e a exposição da Palavra de Deus e oram juntas. Como resultado, não poucas crianças voltam para casa com o coração cheio de Deus. Algumas chegam a se comprometer pessoalmente com Jesus Cristo nesses dias e nesses lugares. A técnica foi desenvolvida por James Mcgrady, em Kentucky, nos Estados Unidos, no verão de 1800. Ninguém poderia imaginar que, passados duzentos anos, outro americano fundasse mais ao norte um acampamento às avessas. Trata-se de Edwin Kagin, de 66 anos, filho de um pastor presbiteriano cuja linhagem remonta ao reformador escocês John Knox. Kagin e sua esposa Helen fundaram em 1996, nas proximidades de Clarksville, em Ohio, o primeiro acampamento ateísta da América, o Acampamento Quest*. Lá as crianças não fazem a famosa oração: “Em paz me deito e logo pego no sono porque Papai do céu me guarda”. Nas caminhadas em meio à natureza, elas vêem a beleza da evolução, e não a beleza da criação. No refeitório elas vêem retratos de livres pensadores e de cientistas notáveis, do evolucionista Charles Darwin ao ator Woody Allen. Faixas anunciam que “Jesus não está vindo” e protestam contra a prática da oração nas escolas. O piloto Golly leva as crianças para passear no seu Cessna e quando chega a certa altura pergunta às crianças: “Vocês acharam Papai do céu aqui em cima?” Então ele sobe mais um pouco e repete a mesma pergunta. As crianças voltam convencidas de que Deus não existe. Se Deus não existe, não há necessidade de religião. Alguém aproveita a ocasião para insinuar que o mundo seria melhor sem religião. No acampamento mais recente, no verão americano de 2007, havia 47 novas crianças, entre 8 e 17 anos. E outros cem acampamentos da mesma linha foram fundados nos Estados americanos de Michigan, Minnesota e Califórnia e no Estado canadense de Ontário. Sem dúvida, esses acampamentos ateístas são um reflexo do mistério da iniqüidade e da apostasia que se desenvolve nos Estados Unidos. Um levantamento feito em 2003 revelou que 9% dos norte-americanos declaram não acreditar em Deus e outros 12% se mostram indecisos quanto à existência de Deus. Estima-se que os não-crentes são mais numerosos do que a soma de judeus praticantes, mórmons, testemunhas de Jeová, hindus, muçulmanos, católicos ortodoxos e presbiterianos.

Nota
*Chicago Tribune, 27/06/2007, p. 1. (Revista Ultimato Edição Novembro-Dezembro de 2007) Mais mensagens clik em um tema do lado direito do seu monitor no arquivo do blog>

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